Oftalmologista do HOPR fala sobre incidência de conjuntivite no outono

Clima seco, umidade do ar baixa e queda na temperatura e aumento nos casos de conjuntivite, do tipo alérgica e viral. O Hospital de Olhos do Paraná informa que os atendimentos por tais intercorrências podem aumentar em 25%, nesta época do ano.
Especialistas alertam para que as pessoas não cocem os olhos, pois isto pode agravar a alergia na região ocular, causando sérios problemas.
Uma das explicações para o possível aumento de conjuntivite no outono é que, nesta época, são mais recorrentes as infecções nas vias aéreas, como gripes e resfriados. Isso, segundo oftalmologistas do Hospital de Olhos do Paraná favorece a transmissão da conjuntivite viral, que se prolifera pelo contato.
Segundo o Dr. Felipe Erthal Tardin, membro da equipe de oftalmologistas do Hospital de Olhos, como é comum as pessoas sentirem incômodos, quando a temperatura cai, como dor de garganta, congestão nasal e tosse, a conjuntiva também fica irritada e congestionada.
Importante é o paciente permanecer atento aos possíveis sintomas como vermelhidão nos olhos, inchaço das pálpebras, lacrimejamento intenso, sensação de areia ou cisco, visão borrada, coceira e secreção mais intensa no período diurno.
As causas da conjuntivite influenciarão no tratamento, de acordo com o Dr. Felipe. Na conjuntivite viral geralmente ela perdura entre sete e 14 dias. A infecção vai embora sem tratamento e não causa efeitos a longo prazo. No entanto, em alguns casos, pode levar de duas a três semanas ou mais para desaparecer, especialmente se surgirem complicações. Por isso, alerta o oftalmologista, o ideal é sempre procurar o melhor diagnóstico com atendimento especializado, assim que os sintomas aparecerem.
Prevenção
O ideal, explicao o Dr. Felipe, é a prevenção, que na conjuntivite alérgica se assemelha a qualquer quadro alérgico. “Limpeza com panos úmidos para remoção de poeira, principalmente no quarto de dormir, remoção do mofo, evitar contato com pelo de animal, se for sensível, remover carpetes, usar desumidificadores, entre outros cuidados.
No caso da conjuntivite bacteriana e viral​, a prevenção é evitar o contato direto com objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, lençóis e toalhas aumentam as chances de contaminação pelo vírus ou pela bactéria”, comenta o oftalmologista.