Catarata, glaucoma, miopia. Saiba o que pode estar por trás da baixa visão noturna

Você sabe o que significa “Nictalopia”? Este é o nome que se dá à dificuldade de enxergar à noite ou em ambientes com pouca luminosidade, também conhecida como baixa visão noturna. Esse fenômeno é muito comum quando se passa de um ambiente com muita luz para outro mais escuro, como ocorre ao entrar em casa ou durante o pôr-do-sol, por exemplo. Esta condição, no entanto, não é considerada como uma doença oftalmológica, mas sim, pode ser um sintoma de outros problemas oculares, como por exemplo a catarata, glaucoma, retinose pigmentar, miopia ou retinopatia diabética.

Por isso, pessoas que apresentam a “cegueira noturna” não tratada devem evitar dirigir no final do dia ou durante a noite, para garantir sua segurança. A baixa visão noturna acontece devido a alterações em células presentes na retina, os bastonetes, em que um dos pigmentos dos receptores dessas células, conhecido com orodopsina, está diminuído, interferindo diretamente na capacidade do olho em processar objetos com pouca luminosidade.

Ao apresentar sinais de dificuldades em ver em ambientes com pouca luminosidade, a pessoa deve procurar um oftalmologista o mais rápido possível, para que o especialista diagnostique a real causa do problema e proceda com o tratamento da forma adequada. Conheça em detalhes as possíveis causas da baixa visão noturna:

Catarata – Doença causada pelo envelhecimento do cristalino, a lente natural do olho, que se torna opaca, deixando a pessoa com a visão embaçada. É muito comum em pessoas da terceira idade (com 65 anos de idade ou mais). A cirurgia na qual uma lente intraocular é inserida no lugar do cristalino afetado, é o tratamento mais indicado para o problema. Na imensa maioria dos casos, os pacientes recuperam sua qualidade da visão.

Glaucoma – Doença incurável e silenciosa que pode se desenvolver durante meses ou até anos, sem apresentar nenhum sintoma. Acomete o nervo óptico e é geralmente provocado pela elevação da pressão intraocular, levando a pessoa a perder a visão periférica. O tratamento vai desde a utilização de colírios, que ajudam a baixar a pressão intraocular, passando pelo uso de laser e até cirurgia em casos mais graves. O tratamento é capaz de estabilizar a doença, porém, não faz com que o paciente recupere a visão perdida.

Retinose pigmentar – Doença rara que causa a degeneração da retina, região do fundo do olho responsável pela captura de imagens a partir do campo visual. Pessoas com retinose pigmentar apresentam um declínio gradual da visão, pois as células fotorreceptoras (cones e bastonetes) morrem, podendo conduzir à cegueira. Ainda não existe cura para a doença. O tratamento feito à base de vitaminas objetiva retardar a progressão da doença.

Retinopatia diabética – Caracterizada por alterações nos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro.  O problema ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. Os primeiros sintomas incluem borrões, áreas escuras na visão, dificuldade de distinguir algumas cores e perda da visão central ou periférica.

Miopia – Erro de refração que acarreta uma focalização da imagem antes desta chegar à retina. Uma míope consegue ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados (desfocados). O uso de óculos de grau ou lentes de contato corrigem o problema. A cirurgia refrativa também é uma ótima alternativa de tratamento, dependendo da idade do paciente, grau que ele utiliza e outros fatores.

O Hospital de Olhos do Paraná tem um corpo clínico com especialistas nas mais diversas áreas da oftalmologia, além de uma infraestrutura de ponta para atendimentos de emergência, centro cirúrgico e realização de exames. Agende sua consulta no https://hopr.com.br/central-de-agendamento/.