Caracterizado pelo desalinhamento ocular, estrabismo afeta de 3% a 4% da população mundial

Além de causar muitas mortes, a pandemia do Covid-19 trouxe outras mazelas à população. Uma delas foi com relação à saúde dos olhos. Devido ao isolamento social e a impossibilidade de sair casa para atividades externas, as pessoas passaram a fazer cada vez mais uso dos eletrônicos. Celulares, computadores e tablets, por exemplo, viraram companheiros inseparáveis, seja para estudo ou entretenimento.

Esse fato ocasionou o aumento dos casos de estrabismo, um dos tipos mais comuns de patologias oftalmológicas. De acordo com estudos clínicos, de 3% a 4% da população mundial sofre com o problema, que é caraterizado pelo desalinhamento dos olhos, impedindo que eles fiquem paralelos.

O olho humano tem seis pares de músculos extraoculares, responsáveis por controlar o movimento dos olhos. Em cada olho, dois movimentam para a esquerda e dois para a direita. Os outros músculos são responsáveis por movimentar os olhos para baixo e para cima. Para que ambos fiquem alinhados, todos esses músculos devem estar em equilíbrio. O estrabismo surge quando esse equilíbrio não acontece.

 

Sintomas

Além do desalinhamento ocular, os sintomas do estrabismo incluem dores de cabeça, torcicolo, além de um desconforto durante tarefas visuais, como ler um livro, por exemplo. Em pessoas que desenvolvem a doença na fase adulta, pode ocorrer também visão dupla, ou nos casos de estrabismo severo.

 

Tratamento

O estrabismo é diagnosticado pelo teste de motilidade ocular, realizado durante a consulta oftalmológica.

O tratamento é feito com uso de óculos de grau, tampão, toxina botulínica, óculos com prisma ou até mesmo cirurgia da musculatura extraocular.

A escolha do tratamento vai depender da causa do desvio, da magnitude e dos sintomas visuais associados.

A consulta com o oftalmologista é essencial para avaliar a melhor opção de tratamento, de acordo com cada paciente.