Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a Retinopatia diabética atinge 150 mil pessoas por ano no Brasil. Esta também é a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos, de acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Uma das consequências do Diabetes, a Retinopatia é caracterizada por alterações nos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O problema ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. O diagnóstico é feito através de exame de fundo de olho.
Os primeiros sintomas incluem borrões, áreas escuras na visão, dificuldade de distinguir algumas cores e perda da visão central ou periférica. Na medida em que a retinopatia se agrava, podem ocorrer sangramentos ou mesmo descolamento da retina, podendo levar a um quadro sério de perda parcial ou total da visão.
Cuidados
Estudos mostram que pacientes que tem diabetes precisam redobrar os cuidados, pois eles têm 25 vezes mais chances de perder a visão do que uma pessoa que não tem a doença. De acordo com o médico oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Dr. Carlos Augusto Moreira Neto, é muito importante um acompanhamento médico periódico para o controle do Diabetes. “Os dois maiores fatores de risco são da doença são: controle do Diabetes e glicemia elevada. O controle glicêmico tem importância fundamental para diminuir a chance de desenvolvimento de Retinopatia Diabética. Com isso, o acompanhamento com o oftalmologista é fundamental para detectar de forma precoce alterações relacionadas do Diabetes no fundo do olho”, afirma.
Diagnóstico
A Retinopatia diabética não tem cura, porém, é possível evitar que ela avance para estágios mais graves que comprometam a visão, com o auxílio de exames de diagnóstico de alta tecnologia. “A detecção rápida da doença faz toda a diferença. Nesse sentido, O Hospital de Olhos do Paraná é pioneiro em tecnologia de ponta ao lançar novas alternativas para exames e cirurgias, resultado de constantes investimentos e atualizações. Dispõe de novos recursos para diagnósticos e tratamentos mais precisos e cada vez menos invasivos. No caso da Retinopatia, ela pode ser detectada por meio de mapeamento de retina, retinografia de grande angular, OCT, angiografia por tomografia de coerência óptica, que é o OCTA”, relata o médico.
Tratamento
Como opções de tratamento, existem medicamentos de última geração que podem ser utilizados, que são injetados de forma intraocular para diminuir a evolução da doença e preservar e recuperar a visão afetada. “Além disso, existem casos em que há a necessidade de realização de fotocoagulação a lazer, ou terapia com lazer, para diminuir a progressão da doença”, explica Dr. Neto.