A Retinopatia Diabética é uma das complicações mais comuns da diabete, e quando não tratada, pode levar a cegueira. É uma doença que afeta a retina, localizada ao fundo do olho e responsável por captar as imagens e enviá-las ao cérebro através do nervo óptico. Estudos recentes indicam que de 24% a 39% das pessoas com diabete, têm algum grau de retinopatia.
Neste artigo você descobre mais sobre a retinopatia diabética, quais seus sintomas e formas de tratamento.
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma complicação da diabete que afeta a retina, tecido localizado no fundo do olho responsável por transformar a luz em estímulos nervosos que serão interpretados pelo cérebro.
Ela ocorre quando os níveis elevados de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos da retina.
Inicialmente, esses vasos podem se tornar frágeis, causando pequenos vazamentos de sangue ou fluido. Com a progressão da doença, podem surgir obstruções que impedem a nutrição adequada da retina, levando à formação de novos vasos anormais. Esses novos vasos, porém, são frágeis e tendem a romper, causando hemorragias, cicatrizes e, em casos mais graves, até o descolamento da retina.
A retinopatia diabética não tem sintomas inicialmente, entretanto, a medida que ela avança, pode causar:
Visão embaçada ou turva
Dificuldade para enxergar de perto ou de longe em determinados momentos
Percepção de manchas, linhas ou pontos escuros na visão
Manchas ou áreas escuras no campo visual
Dificuldade para enxergar à noite ou em ambientes com pouca luz
Perda progressiva da visão central
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico precoce da retinopatia diabética é essencial para evitar complicações e preservar a visão. Existem diversos exames que ajudam no diagnóstico precoce desta complicação, por exemplo:
Exame de fundo de olho (fundoscopia)
É o exame mais comum que pode ser realizado durante a consulta oftalmológica. Com o uso de colírios para dilatar a pupila, o oftalmologista observa diretamente a retina, identificando alterações.
Tomografia de Coerência Óptica (OCT)
A OCT cria imagens detalhadas em alta resolução das camadas da retina. É fundamental para detectar e monitorar o edema macular diabético, uma das complicações mais comuns da retinopatia.
Angiografia Fluoresceínica
Nesse exame, é injetado um corante fluorescente na veia do braço, que percorre a circulação até chegar aos vasos da retina. Fotografias especiais permitem identificar vazamentos, áreas sem irrigação sanguínea e formação de novos vasos anormais.
Retinografia
Por uma câmera especial, são registradas imagens coloridas da retina, que ajudam a documentar e acompanhar a evolução da doença ao longo do tempo.
Retinopatia diabética tem tratamento?
Sim! Atualmente existem alternativas de tratamento para a Retinopatia Diabética, com o objetivo bloquear o avanço da doença sob a retina. Alguns tratamentos disponíveis são:
Injeções intravítreas: consistem na aplicação de medicamentos diretamente dentro do olho (anti-VEGF ou corticoides) que reduzem o edema formato pela retinopatia diabética, bem como a formação de novos vasos sanguíneos.
Fotocoagulação a laser: cauteriza os microvasos danificados ou novos vasos frágeis, evitando assim os sangramentos e diminuindo o risco de perda de visão.
Vitrectomia: cirurgia indicada em casos avançados, quando há hemorragia vítrea ou descolamento de retina.
Muitas vezes, os tratamentos são associados (injeções + laser, por exemplo) para melhores resultados. Lembrando que, para maior efetividade do tratamento é muito importante manter o bom controle da glicose sanguínea e realizar o acompanhamento periódico com o oftalmologista.
A retinopatia diabética é uma complicação comum da diabete não controlada, e por isso, deve ser acompanhada adequadamente. Apesar do risco de causar cegueira, quando diagnosticada precocemente, a retinopatia diabética pode sim ser tratada. O Hospital de Olhos do Paraná conta com uma estrutura completa para diagnóstico e tratamento de doenças da retina. Agende sua consulta (41) 3222-4222.