Um nome complicado para uma doença que exige muita atenção. O retinoblastoma é um tipo de câncer ocular que, apesar de bastante raro, costuma preocupar as famílias. Isso porque a incidência é maior em crianças – segundo o Ministério da Saúde, são cerca de 400 casos por ano, que equivalem a 3% dos quadros de câncer infantil. Há um mito de que as consultas oftalmológicas devem ser feitas a partir dos cinco anos de idade, mas isso não é regra: desde o nascimento, é importante realizar o acompanhamento da saúde ocular, até para identificar outras intercorrências que afetam a visão.
Sintomas do retinoblastoma
Um dos sinais mais comuns do retinoblastoma é facilmente perceptível em fotos tiradas com flash. Sabe aquele reflexo vermelho que sempre aparece nos olhos? Quando ele apresentar outra coloração, como branca ou preta, é preciso ficar alerta. Outros sintomas da doença são o estrabismo ou tremores nos olhos. Como não há dores ou inflamações visíveis, somente o diagnóstico médico pode identificar o retinoblastoma. Os exames mais comuns são o de fundo de olho, que é uma análise simples feita em consultório, a ultrassonografia ocular e a ressonância magnética. Com esses exames mais acurados, dá para identificar também o tipo de câncer e se ele está afetando os dois olhos. Em até 75% dos casos, a doença é unilateral, ou seja, apenas um dos olhos é afetado. São quadros com pouca probabilidade de origem genética. Quando é bilateral, uma análise de DNA pode indicar a hereditariedade do problema.
Prevenção e tratamento
Assim como em todas as doenças, especialmente o câncer, o diagnóstico precoce permite tratamentos mais eficazes e o controle do problema. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que todos os recém-nascidos passem pelo “teste do olhinho”, que é feito nos primeiros dias de vida e três vezes por ano até os 3 anos de idade. Há, ainda, um documento da Secretaria de Atenção à Saúde Ocular na Infância, que considera os cuidados essenciais para desenvolvimento do sistema visual de toda criança.
Após o diagnóstico, o tratamento é multidisciplinar e varia de acordo com o estágio do retinoblastoma. As principais indicações envolvem cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo que 90% dos casos são curáveis com a combinação de tratamentos.