A Semana Mundial do Glaucoma acontece de 08 a 14 de março. Para conscientizar sobre esta doença que é a maior causadora de cegueira irreversível no mundo. Segundo estimativa da Associação Mundial do Glaucoma, são 4,5 milhões de pessoas com cegueira causadas por esta doença. Apesar dos dados alarmantes, o Glaucoma é uma doença tratável e quanto antes for feito o diagnóstico maior a eficácia do tratamento em evitar a perda visual. Sobre isso conversamos com o Dr. Lucas Torres, especialista em Glaucoma do Hospital de Olhos do Paraná.
O Dr. Lucas Torres explica que “o Glaucoma se dá pela degeneração das fibras nervosas que compõem o nervo óptico, relacionada a fatores como a pressão intra-ocular elevada e o envelhecimento.”
“Em relação à classificação dos Glaucomas, existem os primários, nos quais não existe nenhuma causa orgânica identificável para a doença, e os secundários, dentre os quais existem diferentes causas para o glaucoma. Alguns exemplos de glaucomas secundários são aqueles relacionados à trauma ocular e aqueles causados por diabetes sem controle adequado. Ainda, os Glaucomas podem ser classificados como de ângulo aberto ou fechado, sendo que nestes existe bloqueio mecânico do trânsito do humor aquoso (fluído que preenche a região anterior dos olhos) para que alcance o sistema de drenagem dos olhos (chamado de Canal de Schlemm).”
O Dr. Lucas Torres enfatiza também que “habitualmente, a doença não proporciona sintomas e há assimetria de acometimento entre os olhos. Entretanto, e principalmente em Glaucomas secundários e de ângulo fechado, os quais tendem a cursar com pressões intra-oculares mais elevadas, pode haver dor, olho vermelho e perda de visão súbita.”
O Dr. Lucas Torres ressalta ainda que “devido ao caráter da doença, principalmente no que se refere à sua irreversibilidade, é fundamental check-up oftalmológico para todas as pessoas. É desta forma, que pode-se identificar a doença em seu estágio inicial, e assim evitar a perda visual com a instituição do tratamento adequado para redução da pressão intra-ocular.”