Essa doença é grave e não tem cura, mas o diagnóstico precoce pode evitar a sua progressão
O Ceratocone é uma ectasia mais comum da córnea e atinge, na maioria dos casos, adolescentes com idade entre 13 e 18 anos e tende a se estabilizar aos 35. Devido à gravidade da doença, este mês é conhecido como Junho Violeta, com o objetivo de divulgar informações e alertar a população sobre o problema.
Dentre os fatores de risco para a doença estão: coçar muito os olhos, pré-disposição genética ou ter parentes que tenham o problema. No Ceratocone a distrofia corneana gera uma ectasia na córnea, ou seja, é quando ela passa a ter um formato irregular e fica mais fina.
A doença não tem cura, mas tem tratamento. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante, pois pode evitar a sua progressão. O distúrbio na visão é um sintoma da doença, fazendo com que ela fique mais embaçada e fora de foco.
Para evitar a doença, a recomendação é nunca coçar os olhos, principalmente se há casos de familiares com a doença. Além disso, a consulta com um oftalmologista regularmente é essencial.
Em algumas situações o tratamento inicial pode ser com óculos, porém, em casos mais avançados, é necessária uma lente de contato rígida ou anéis intraestromais.
Também pode ser necessário um procedimento denominado crosslinking para evitar a progressão do Ceratocone. Neste caso é feita a aplicação de um medicamento associado a raios ultravioletas em frequência específica, que colabora para que as fibras de colágeno da córnea se aproximem e fiquem mais fortes, diminuindo as chances de progressão da doença.
Já em estágios mais avançados, o paciente pode ser submetido ao transplante de córnea. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. No início o tratamento é bem mais simples, e pode impedir a progressão a estágios mais graves, evitando tratamentos cirúrgicos mais complexos.
O Hospital de Olhos do Paraná adere a campanha Junho Violeta e alerta toda a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.