Glaucoma ainda é a principal causa de cegueira irreversível no mundo

Glaucoma ainda é a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

O Glaucoma, apesar de ser silencioso, é uma doença tratável e quanto antes for feito o diagnóstico maior a eficácia do tratamento.

Para saber o que é o Glaucoma e seus diferentes tipos, clique aqui.

Essa doença tem uma evolução lenta e faz o corpo se adaptar e contornar a dificuldade de enxergar: um olho compensa o outro e o cérebro completa o que falta na imagem.

Dessa forma, o paciente só se dá conta dos sintomas quando já teve de 80 a 90% do nervo óptico prejudicado.

Vamos explicar o que acontece: nossa estrutura ocular tem um sistema de drenagem por onde o fluido do olho escoa e depois é excretado do organismo. Quando esse canal se fecha, o líquido se acumula aumentando a pressão intraocular. Essa hipertensão faz com que o nervo óptico seja danificado.

Por isso, a prevenção é tão importante. Na maioria dos casos, o prognóstico é favorável e o tratamento para o controle da pressão intraocular é simples e efetivo.

Mas quais são os principais tratamentos indicados para o Glaucoma?

O oftalmologista especializado na doença irá avaliar cada situação e indicará o tratamento mais adequado de acordo com o tipo de Glaucoma (ângulo aberto, ângulo fechado, congênito ou secundário) e sua evolução.

Listamos os principais.

Colírios

O colírio é a forma mais utilizada para combater o Glaucoma de ângulo aberto. O oftalmologista pode indicar um colírio para controlar a pressão intraocular e também outro para aliviar o desconforto causado.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma, a obediência ao horário e a forma correta da aplicação do colírio melhoram o controle do Glaucoma.

Os pacientes que não esquecem de usar o colírio nenhum dia têm o dobro de chance de manter o campo visual e não precisar recorrer à cirurgia.

Comprimidos

Em algumas situações o oftalmologista irá combinar os colírios com comprimidos que ajudam a diminuir a pressão do olho.

Este tratamento é indicado para Glaucomas de ângulo aberto e fechado.

Terapia Laser

Pode ser indicada como terapia inicial, pois tem baixo risco e grande eficácia. É uma boa solução para os pacientes que têm dificuldade de seguir os horários de pingar o colírio todos os dias.

O oftalmologista pode fazer a aplicação no próprio consultório. O procedimento dura entre 15 a 20 minutos, é indolor, pois é utilizada anestesia local.

O laser vai alterar minimamente o sistema de drenagem do olho, melhorando a saída do líquido ocular. O resultado desse procedimento pode demorar de 3 a 4 semanas para aparecer.

É muito importante, mesmo depois da melhora, que o paciente continue indo as consultas para que seja acompanhada a evolução do quadro.

Cirurgia

A cirurgia ocular é indicada nos casos de Glaucoma de ângulo fechado ou congênito ou quando todos os outros métodos não deram o efeito esperado.

Abaixo listamos alguns tratamentos cirúrgicos mais comuns:

Trabeculectomia:

É uma pequena abertura na parte branca do olho, no espaço subconjuntival, criando um canal para o fluido do olho sair, diminuindo a pressão. Atualmente é uma das técnicas mais comuns usadas para o tratamento desta doença.

Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT): 

Esta técnica consiste em uma intervenção a laser no trabeculado (responsável pela drenagem do fluido do olho) facilitando o escoamento do líquido. Esta técnica pode reduzir até 30% da pressão intraocular e pode ser feita mesmo em casos de menor complexidade.

Cirurgias Ciclo Destrutivas:

Indicadas quando outros tipos de tratamento não apresentaram resultado, para aliviar a dor ou em casos nos quais a complicação da perda visual já se faz presente.

Cirurgia Minimamente Invasivas MIGS:

Estimula a drenagem do líquido ocular através do implante de um dispositivo no interior do olho. Este tipo de cirurgia normalmente é indicado para casos leves a moderados. Existem várias técnicas de Cirurgia Minimamente Invasiva, a mais adequada para cada caso é definida pelo oftalmologista.

 

O acompanhamento precoce e o comprometimento do paciente mudam tudo.

De 10 a 15% dos casos de cegueira só acontecem quando a pessoa não usa de forma correta os medicamentos.

Mesmo depois de sentir a melhora é muito importante continuar indo às consultas regularmente com seu oftalmologista e acompanhar como está a sua pressão intraocular, se todos os sintomas sumiram ou se precisa de algum ajuste.

Dr. Lucas Torres, oftalmologista no Hospital de Olhos do Paraná, reforça: “Mesmo quando a gente vê melhora dos sintomas, é um sinal de que o tratamento está fazendo efeito. Mas não é critério para o paciente, por exemplo, escolher quando que deve parar. A gente tem que ter essa referência científica.”

O Glaucoma não tem cura, mas tem tratamento o que possibilita ao paciente seguir seu estilo de vida.

Conte com a gente para cuidar do seu olhar.

 

Hospital de Olhos do Paraná – Maio Verde Mês do combate ao Glaucoma