A Dra. Luísa Moreira Hopker comprovou os benefícios do princípio ativo Bupivacaína em tese de Doutorado na qual foi aprovada com louvor na Universidade Federal de são Paulo.
A médica oftalmologista Luísa Moreira Hopker, integrante do corpo clínico do Hospital de Olhos do Paraná, defendeu tese de Doutorado na primeira semana de março, na conceituada Universidade Federal de São Paulo e foi aprovada com louvor. A pesquisa que deu origem à tese empregou a medicação anestésica Bupivacaína para tratar o estrabismo (desalinhamento dos olhos).
O título da tese é “Efeito da Bupivacaína na Musculatura Ocular Extrínseca – Achados Histológicos em Coelhos”. Clique aqui, leia na íntegra. A orientadora foi a Dra. Norma Allemann (Unifesp) e os coautores foram os Drs. Edmar Zanotelli (USP), Dr Tomás Mendonça (UNIFESP) e as Fellowship Daiane Nascimento e Rafaela Modelli (ambas do Hospital de Olhos do Paraná). A pesquisa foi publicada em artigos científicos e em importantes eventos oftalmológicos nacionais e internacionais. Entre eles, no Congresso Anual da ARVO, em 2017; no Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em 2015; e no Congresso Anual da AAPOS, em 2016.
A medicação é injetada no músculo extraocular, de forma parecida com a toxina botulínica, porém tem efeito contrário desta, fortalecendo o músculo e permitindo uma mudança na posição dos olhos. A pesquisa foi realizada em modelo experimental animal e apresentou resultado inédito demonstrando mudança do padrão das miosinas do músculo e aumento temporário do tamanho da fibra muscular.
A Dra. Luísa também realizou a pesquisa em pacientes adultos, de forma semelhante ao que se tem realizado nos Estados Unidos, e concluiu ter encontrado ótimos resultados. Na pesquisa com adultos, a Bupivacaína substituiu um tipo de procedimento cirúrgico, a ressecção, permitindo poupar um músculo na correção do estrabismo, o que é importante em casos nos quais são necessárias múltiplas cirurgias.