Doença autoimune pode afetar os olhos e prejudicar a visão

 

O lúpus ocasiona alterações nos olhos e os medicamentos podem ser indutores para doenças como Glaucoma e Catarata

O lúpus, ou lúpus eritematoso sistêmico (LES), é uma doença inflamatória autoimune que pode surgir de forma gradativa ou aparecendo em poucas semanas. Por ser uma doença provocada pelo próprio sistema imunológico, ela pode se manifestar em diversos órgãos do corpo e afetar ainda as paredes dos vasos sanguíneos e as articulações, além do sistema nervoso.

Os olhos também podem ser atingidos, ocasionando sintomas como:

∙ Vermelhidão

∙ Dores

∙ Fotofobia (a luz incômoda)

∙ Visão embaçada

∙ Alteração na identificação das cores e do campo visual

Os medicamentos usados para o tratamento do lúpus também são prejudiciais aos olhos. Os corticoides, usados para doenças autoimunes, tornam-se indutores de problemas oculares como o Glaucoma e a Catarata, que se não  forem tratados podem levar à cegueira.

Outros medicamentos como os antimaláricos podem ser tóxicos para a Retina, causando danos variáveis desde o assintomático até a perda da visão. O uso de hidroxicloroquina pode levar ao aparecimento de maculopatia tóxica, resultando na diminuição da acuidade visual.

O lúpus pode afetar as pálpebras, ocasionando lesões, e também o globo ocular, manifestando-se de maneiras variadas como inflamações na esclera (esclerite) e lesões do olho seco (ceratites e até úlceras) na córnea.

No segmento posterior do olho podem ocorrer vasculites, lesões oclusivas de  vasos da retina, neurite óptica, entre outros. O lúpus pode ainda afetar o Sistema Nervoso Central e provocar alterações oftalmológicas como paralisias oculomotoras (visão dupla, estrabismo), paralisia facial, ptose (“queda” da pálpebra).

Por isso, é essencial que o paciente diagnosticado com lúpus faça acompanhamento com um oftalmologista. Somente este profissional poderá fazer o diagnóstico adequado e promover o tratamento específico.

O lúpus é uma doença para a qual não existe cura, mas que pode ser controlada com tratamento adequado. Com os cuidados necessários, é perfeitamente possível a manutenção da qualidade de vida.