Poluição e tempo seco não agravam só problemas respiratórios. Conheça o impacto dessa época do ano nos olhos
Por causa do tempo seco, que favorece a proliferação de fungos e ácaros, e pela baixa umidade do ar, que potencializa o acúmulo de poeira e poluição, o inverno acaba trazendo algumas doenças junto com o frio. Uma delas é a alergia ocular, um problema que atinge aproximadamente 20% da população brasileira, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Entre as principais formas de manifestação estão a conjuntivite e o olho seco.
De acordo com a médica oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Dra. Thais Massanares Guedes, nesta época do ano a conjuntivite viral se torna frequente e altamente contagiosa, correspondendo a aproximadamente 90% dos casos. “A transmissão costuma ocorrer devido a aglomeração de pessoas em ambientes fechados por contato direto com o doente como: aperto de mão, beijos e abraços, ou contato indireto, por meio de objetos contaminados como toalhas, cosméticos, uso prolongado de lentes de contato, entre outros. No ápice da secura, a conjuntivite pode até virar epidemia”, explica.
Segundo a médica oftalmologista, a conjuntivite é a inflamação da membrana externa do olho, chamada conjuntiva. Ela é responsável por produzir muco para proteger e lubrificar o olho. É importante ficar atento aos sintomas: vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço, desconforto, como sensação de areia nos olhos e maior sensibilidade à luz. “Ao persistir algum destes sintomas é indicado consultar um oftalmologista para avaliação. Na maioria dos casos, os sintomas e a doença desaparecem em até dez dias. O tratamento é feito com compressas frias e colírios lubrificantes”, ressalta Dra. Thais.
A especialista reforça ainda que a prevenção do contágio de outras pessoas é o mais importante. “O paciente com o quadro deve ser orientado a não cumprimentar outras pessoas com apertos de mãos e beijos, lavar as mãos com frequência, enxugar os olhos com lenços descartáveis limpo, não compartilhar objetos pessoais como toalhas, fronhas, maquiagens e não coçar os olhos. Para evitar a doença é importante sempre manter higiene das mãos com álcool em gel e os ambientes limpos e ventilados”, finaliza.